A oração silenciosa

A oração silenciosa

 Apesar de os patriarcas do povo judeu – Avraham, Yitschac e Yaacov – fossem a inspiração para as tradicionais três preces diárias, não foram eles, mas sim uma mulher humilde, sofrida, desconhecida na época, que os sábios talmúdicos escolheram para aprender como estabelecer as leis da prece, especialmente no que diz respeito à Amidá, a mais sagrada das nossas orações diárias.

Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou muito, e fez um voto, dizendo: ó Senhor dos exércitos! se deveras atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha. Continuando ela a orar perante e Senhor, Eli observou a sua boca; porquanto Ana falava no seu coração; só se moviam os seus lábios, e não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve por embriagada,
1 Samuel:1:10-13

Certamente havia algo sobre a qualidade da oração de Ana, a humildade e a sinceridade de suas palavras exortando D’us a responder aos seus anseios mais profundos, que tornou sua tefilah(oração) tão eficaz a ponto de tornar-se um modelo não apenas para as mulheres, mas também para os homens, sobre como devemos nos comportar durante uma oração

O Talmud nos mostra: “Rav Himnuna disse: ‘quantas leis importantes podemos derivar dos versículos que falam sobre Ana. ‘Ela falava em seu coração’, com isso sabemos que se deve se orar com intenção. ‘Somente seus lábios se moviam’, daqui sabemos que a pessoa deve formar as palavras claramente com seus lábios. ‘Sua voz não era ouvida’, daqui sabemos que de ve-se orar silenciosamente…” (Bav li, Berachot 31a).

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